Grupo Fasano também retira vinhos brasileiros das cartas de seus 10 restaurantes
mar 29
O sommelier tomou a decisão de tirar todos os vinhos brasileiros das cartas como forma de pressionar a Ibravin e demais associações que apóiam a salvaguarda a desistirem do projeto. “Sei que a medida é forte, pela imagem do Fasano, mas é como conseguimos reagir ao projeto de limitar a diversidade do vinho”, diz Beato. “A salvaguarda é um retrocesso, em um momento em que a imagem de qualidade do vinho brasileiro está crescendo”, acrescenta. Dos mais de 350 rótulos da carta do Fasano, os brasileiros representam 10 rótulos – é um volume pequeno, mas importante para a imagem de qualidade do vinho nacional.
Mais: Beato é um sommelier conhecido por valorizar a produção nacional. Não raro, ele coloca tintos brasileiros em provas às cegas com grandes marcas européias para clientes e enófilos. São sempre vinhos que ele provou, gostou e se surpreendeu. E faz um trabalho importante para diminuir (ou acabar) com o preconceito de muitos consumidores com os vinhos elaborados em nosso país.
Além do Fasano, várias casas de alta gastronomia anunciaram que estão tirando os vinhos das vinícolas brasileiras que apóiam a salvaguarda de suas adegas. Roberta Sudbrack, Claude Troisgros e Felipe Bronze, no Rio de Janeiro, e a Tasca da Esquina, em São Paulo, são os principais. Ontem, o D.O.M. e o Dalva e Dito, em São Paulo, anunciaram que estão tirando todos os rótulos, e não apenas os das vinícolas que apóiam a salvaguarda, de suas cartas.
Via
Por Suzana Barelli
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